A médica Rosane Rodrigues, irmã do advogado José Lael Rodrigues, morto após emboscada planejada pela sua própria esposa, disse nesta quarta-feira, 13, durante coletiva de imprensa, que detalhou as investigações, que a viúva, a cirurgiã plástica, Daniele Barreto, não foi ao sepultamento da vítima.
Rosane Rodrigues explicou que família estranhou o comportamento da viúva. "Foi um comportamento muito estranho, ela não participou do sepultamento. E no dia, chegou aos nossos ouvidos que foi ao cabeleireiro. Logo depois, ela mandou uma empresa limpar o sofá e as cadeiras pra tirar o cheiro dele. Três dias depois, fui buscar roupas para o meu sobrinho, que estava hospitalizado, e me deparei com a empregada com malas, com todos os pertences do meu irmão, para nos entregar porque ela iria doar. Ela também alugou casa praia e soube agora que viajou. Não foi o comportamento de uma viúva", detalhou.
A médica contou que a cirurgiã vinha de um relacionamento anterior conturbado e que a família sempre a defendeu. "Sempre a defendíamos. Ela veio de um relacionamento conturbado, que meu irmão que levantou, que meu irmão que ajudou, lutou pela guarda do filho dela. Nós sempre a apoiamos. Nunca percebemos absolutamente nada. Vocês podem ver por redes sociais, mil juras de amor e viagens. Claro, todo casal briga e havia uma briga muito grande dele com ela em relação a essas pessoas que a cercavam. Ele realmente desconfiava que essas pessoas não eram pessoas do nível dela e que havia quase uma organização criminosa ao redor dela.
Rosane Rodrigues contou ainda que a família teme pelos sobrinhos. "A gente quer saber qual foi a motivação disso, até porque nós temos dois outros filhos, dois herdeiros. Então, se a motivação foi dinheiro, eu não sei qual é o risco que os meus sobrinhos correm por causa disso", lamentou.
Segundo a SSP, o advogado criminalista José Leal de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa e por uma amiga dela. A motivação seria desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro.