O longa-metragem “Emilia Pérez“, dirigido por Jacques Audiard, tem gerado reações polarizadas, sendo amplamente elogiado em Hollywood, mas enfrentando severas críticas no México. Com 13 indicações ao Oscar, a produção é vista por muitos críticos mexicanos como uma representação superficial de questões graves, como os mais de 30 mil homicídios anuais e os mais de 100 mil desaparecidos no país, muitos dos quais estão ligados ao narcotráfico. A jornalista mexicana Cecilia Gonzáles não hesitou em classificar o filme como “ofensivo” e “frívolo”, ressaltando a necessidade de um tratamento mais respeitoso para temas tão delicados.
O diretor de fotografia Rodrigo Prieto também se manifestou, apontando a falta de autenticidade na representação do México e a importância de detalhes que refletem a realidade do país. Artemisa Belmonte, uma das vozes críticas, lançou uma petição contra a obra, que já arrecadou mais de 11 mil assinaturas, evidenciando a insatisfação do público. O escritor Jorge Volpi foi ainda mais contundente, descrevendo o filme como “um dos mais grosseiros e enganosos do século XXI”, o que demonstra a gravidade das preocupações levantadas. O ator Eugenio Derbez também se juntou às críticas, questionando o sotaque da atriz Selena Gómez.
Em resposta, Audiard se desculpou por qualquer ofensa causada e defendeu a escolha do elenco. Por outro lado, defensores da obra, como o crítico Álvaro Cueva, argumentam que grandes cineastas poderiam criar produções semelhantes, sugerindo que a arte deve provocar discussões, mesmo que controversas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira
Fonte: Jovem Pan