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CRIME

Advogado de médica diz que habeas corpus ainda será julgado


A defesa da médica Daniele Barreto, presa por suspeita de envolvimento na morte do marido José Lael de Souza Rodrigues Júnior, afirmou que o pedido de habeas corpus ainda vai ser julgado pela Justiça. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 19.

De acordo com o advogado Cláudio Dalledone, que integra a equipe de defesa de Daniele Barreto, a Justiça negou o pedido liminar – medida temporária tomada antes do procedimento comum do processo – que pleiteava a prisão domiciliar, mas o habeas corpus ainda será julgado pela Justiça.

"Tem um pedido liminar e é costumeiro não se acatar ao pedido. O habeas corpus sequer foi julgado, nem foi para as mãos do desembargador ainda", explicou o advogado.

O caso

Segundo a SSP, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa, Daniele Barreto, e por uma amiga dela. A motivação seria desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro.

A defesa de Daniele tentou reverter a situação, no intuito de obter o benefício da prisão domiciliar, alegando que a médica é mãe de uma criança de 10 anos e possui diversos pacientes, em estágio de pós-operatório, que dependem de suas orientações e cuidados. No entanto, a Justiça decidiu por manter a prisão da cirurgiã.

No dia 21 de novembro, a imprensa divulgou cartas da médica relatando abusos verbais, físicos e sexuais praticados pelo advogado. O teor da carta escrita à mão foi divulgado, com exclusividade, pelo jornal O Globo, em uma reportagem de Ulisses Campbell.

As cartas mostram relatos da médica, afirmando que sofreu agressões verbais, com xingamentos constantes, e diversas formas de violência física, além de abusos sexuais. Daniele destacou agressões como tapas e murros no corpo e rosto, além de puxões de cabelo, arrancando tufos.

No dia 22 do mesmo mês, a defesa da médica confirmou o teor das cartas e pediu atenção das autoridades que investigam o caso, destacando que se tratava de uma situação de violência doméstica.

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