As bisnagas e o trovão
Anteontem saí do prédio a caminho da padaria e cada filho meu agarrou uma mão.
Anteontem saí do prédio a caminho da padaria e cada filho meu agarrou uma mão. Foi um gesto automático, cotidiano, mas que me trouxe uma daquelas picadas epifânicas: já estamos nos acréscimos. A Oli tem dez, o Dani tem oito, num piscar de olhos nenhum deles vai querer pegar na minha mão, vão ter repulsa a qualquer toque e até vergonha da minha presença. Já posso ouvi-los, adolescentes, batendo a porta do quarto na minha cara, logo depois de dizerem "ai, pai, como você é burro!".
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Fonte: Folha